Depois de passar um ano fora da “nossa zona de conforto” passamos a encarar a vida de uma forma diferente. Não é fácil passar um ano longe da família e dos amigos, ter que fazer novas amizades e se adaptar a comportamentos de uma sociedade totalmente diferente da nossa.
Um ano de Alemanha foi um intercambio que eu sempre quis, desde a época do colegial. Acho que a oportunidade do Ciências sem Fronteiras chegou na hora certa para mim. Eu estava no meio do meu terceiro ano de Engenharia Agronômica, era um momento da minha vida que eu precisava largar tudo o que estava fazendo e passar por uma experiência de vida diferente, que me fizesse parar para pensar no que eu realmente queria para minha vida profissional. Percebi qual era o meu perfil e que era necessário eu fazer um mestrado. Talvez se alguém me perguntasse qual a melhor época do curso para se viajar, eu diria meio do quarto ano, quando acabam as disciplinas obrigatórias.
Alemão não é tão difícil assim como muitos pensam, é preciso se esforçar como em todas as línguas, antes de ir para lá eu aconselho estudar o básico no Brasil. Estando lá, aproveitem o máximo, liguem o rádio, a TV, façam amigos alemães, saiam com eles, mesmo que eles não sejam tão abertos como nós latinos. Quando começam as aulas, é normal ficar o primeiro mês meio perdido, a maior dificuldade foi a falta de vocabulário, por isso, é importante sempre estar com um caderninho no bolso e na hora que ouvir uma palavra diferente logo anotar o significado.
É muito bom viajar, conhecer lugares novos, cultura nova, mas é importante não esquecer de que a real função de estar fora é estudar, por isso não é bom faltar nas aulas.
Se uma oportunidade assim passar pela vida de vocês, se esforcem e não a percam. Apesar de toda a burocracia, corram atrás. Quando menos esperarem estarão embarcando no avião com um sorriso estampado na cara! Prontos para encarar todos os desafios e dificuldades , e aproveitar muito todos os momentos dessa experiência.
Barbara Ludwig Navarro (Istrúdeu) – 5˚ ano Eng. Agrônomica